O profeta Eliseu foi um homem íntegro. Integridade moral, de caráter, de fé. Ao saber que poderia pedir o que quisesse a Elias, quis apenas “uma porção dobrada do espírito” do profeta. (2 Reis 2.9). Essa unção valeria muito mais do que mil barras de ouro. Ele foi um dos personagens do Antigo Testamento mais ilustre do AT.
A sua retidão de caráter se revelou de forma cristalina quando recusou uma “bênção” de Naamã. O poderoso chefe do rei da Síria iniciou viagem com “dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas” (5.5). Uma fortuna equivalente a mais ou menos trezentos e quarenta quilos de prata e setenta e cinco quilos de ouro, afora as roupas. As portas estariam abertas para ele e seria recebido com honras.
Embora Eliseu estivesse consciente da posição do homem que parara em sua porta, mas a ostentação e a pompa parece ter tido pouquíssimo efeito sobre ele. Como se fosse um acontecimento sem importância, permaneceu em sua residência humilde, sem aparecer sequer na janela para olhar a ruidosa comitiva, se dignando apenas enviar seu servo Geazi dizer ao general como ele poderia ser curado da lepra.
Habituado às reverências e aplausos na casa real, ficou decepcionado com a recepção que lhe dera Eliseu. Pensou que o profeta estaria perfilado, ele e seu moço, à porta de sua casa para saudá-lo. Não se pode negar que, fosse nos dias atuais, Naamã ficaria mui alegre. Teria imediato assento ao lado do celebrante, no púlpito, e seria o primeiro a dar seu testemunho antes e depois da cura.
Por isso, Naamã muito se indignou, ou seja se ofendeu, pois havia viajado uma grande distância, não poupando despesas, e o que consiguira com seu esforço, pensou. Nem mesmo um mínimo de cortesia. Deveria pensar que o estavam fazendo de tolo:
“Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso” (5.11).
Há muitos apressadinhos que desejam uma solução rápida para seus problemas. Uma palavra mágica, uma oração urgente, um amuleto em que possam tocar e ficarem sarados. E ricos, muito ricos.
Deus não deseja curar apenas nossos males físicos. Muitas vezes, Ele nos faz caminhar pelo vale da sombra da morte, por caminhos que se nos parecem difíceis, portas e caminhos estreitos para quebrar nossa soberba. Não há vitória sem luta, como não há salvação sem arrependimento.
Naamã, que tinha um exército sob suas ordens, jamais imaginou que fosse obrigado, pelas circunstâncias, a submeter-se a um humilde homem. O profeta não se deu ao trabalho de falar pessoalmente com o poderoso chefão, como citado acima. Mandou um mensageiro:
“Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado” (5.10).
Naamã recebeu o recado como um insulto, uma afronta. Não aceitaria tal ultraje. Ele era o chefe do exército do rei, do rei da Síria. Merecia tratamento honroso. Mas resolveu ouvir o conselho de seus servos; olhou para a lepra que avançava; de que adianta ser um general de guerra e ser leproso? Será que esse tal de Eliseu não sabe que eu sou um homem rico? Quiz dar uma volta e retornar irado...Um servo seu foi insistente e se dirigiu a ele "Meu pai", e falou sobre a simplicidade de receber a cura, e por que não a receber? 2 Reis 5.13-14. O general meio esperançoso e desanimado, ouviu o conselho, em uma grande luta interior, mas o conselho do servo prevaleceu sobre o orgulho de Naamã, e disse que deveria estar disposto a fazer algo fácil, então se acalmou da ira.
A lepra do pecado é muito mais danosa. Eliseu poderia curar Naamã com poucas palavras, mas o leproso voltaria com a mesma soberba. Banhar-se no Jordão sete vezes seria equivalente a descer à casa do oleiro, a assimilar o princípio da obediência. Se Naamã tomasse seis banhos e não sete, não ficaria curado. Deus requer submissão total; entrega total; confiança total. Naamã tinha de ser libertado da sua auto-suficiência, do seu orgulho e da confiança que tinha em títulos e posições. Ele tinha que reconhecer que vinha como uma alma pobre e necessitada, um suplicante impotente diante do trono da graça. Um homem de natureza orgulhosa. Ninguém vai voluntariamente à casa pobre, pois o homem natural, considera o orgulho como de muito valor.
Quando foi submisso á Deus, não só ficou curado da lepra, como também um milagre ainda maior acontecera, fora curado de seu espírito arrogante. Havia mudado, surgindo uma nova criatura, como um homem totalmente diferente. Um leprosos purificado, descendo da carruagem e humildemente aproximando-se da porta, retornando à porta do profeta não mais com ira, mas com uma luz brilhando em sua alma, ai sim Eliseu saiu para saldá-lo e alegrar-se com ele pelo grande livramento...
Após a cura, outra decepção. Instado a receber muitos quilos de ouro e prata como retribuição pelo benefício divino, o profeta simplesmente recusou. É possível que nem tenha conhecido o montante da “bênção”. Naamã não sabia que existia esse tipo de homem. Pensava que todas as consciências poderiam ser compradas e todo o tipo de fortaleza moral poderia ser vencido com ouro e prata. Diante do que temos visto, o que os leitores acham que aconteceria hoje? Com certeza, receberia Naamã uma oração especial de meia hora; seria apresentado às ovelhas como o irmão Naamã, o maior benfeitor do ministério; seu nome seria colocado numa placa de ouro, em homenagem ao “grande homem de Deus”; seria convidado a ser dizimista da igreja.
A cura de Deus nunca deve ser associada a dinheiro. Existe o tempo para a cura e o tempo em que o homem deva oferecer algo a Deus. Além do mais, não pode ser de fontes corrompidas pelo pecado. Eliseu era pobre. Passara privações com os filhos dos profetas. Mesmo assim, sabia que Deus nunca falharia em cuidar dele.
Naamã encontrou no profeta uma fortaleza moral inexpugnável. Eliseu recebeu a unção de graça; de graça recebeu o dom da fé, os dons espirituais, a capacitação e a salvação. Receber uma oferta logo após uma cura seria mercadejar os dons recebidos. O profeta era homem justo e temente a Deus. Sua resposta a Naamã foi uma ducha de água fria:
“Vive o Senhor, em cuja presença estou, que não a aceitarei” (5.16). Faço questão de repetir: “EM CUJA PRESENÇA ESTOU”. Eliseu tinha plena convicção de que Deus estava naquele lugar. Da mesma forma Deus está presente nas falcatruas dos “profetas de Deus” de hoje. A diferença é que Eliseu era íntegro. Nota-se que este testemunho, regenerou Naamã, pois não se tornou apenas um adepto de uma nova religião, mas um homem com um novo coração, determinado a não adorar qualquer outro deus, exceto o Senhor Deus de Israel. 2 Reis 5.17, contudo, Naamã comentou sobre o problema que passava de ter que adorar no templo de Rimon, pois sabia que não era mais condizente com sua nova condição de crer no Deus Verdadeiro, então pediu que Deus o perdoasse, sem justificativas vazias na nova difícil situação em que se encontrava. Não foi hipócrita e não escondeu a situação, pois desejava servir a Deus, mas não sabia o que sua atitude causaria ao rei e aos profetas que nunca conseguiram lhe curar. Eliseu foi integro não impondo a Naamã exigências severas e nem tão pouco agiu como um prisioneiro da Lei, apenas lhe disse: VÁ EM PAZ. Nunca devemos nos colocar em posição de juízes...
Geazi, o moço de Eliseu, não tinha o mesmo pensamento e a mesma integridade. Por isso, recebeu o duro castigo de ficar leproso: “Portanto a lepra de Naamã se apegará a ti e à tua descendência para sempre” (5.27). Na situação, ele teve uma oportunidade e privilégio de andar ao lado de um grande mestre, mas perdeu inteiramente o sentido dessa oportunidade. As grandes coisas da vida saíram do seu campo de visão quando se tornou demasiadamente preocupado com os lucros pessoais. Judas Iscariotes, também olhava o ministério sobrenatural como um meio de obter lucro, riquezas e vantagens materiais. Os dois tinham muito em comum. Nas mãos de Geazi o cajado do Eliseu, não passou de um bastão comum, quando havia de operar um milagre no menino morto...
Alguns há que não sabem manipular grandes quantias em dinheiro sem se contaminarem. Os geazitas de hoje estão leprosos. São “profetas” a “apóstolos” leprosos. Deveriam se espelhar na integridade moral de Eliseu para servirem de exemplo para o rebanho. Deveriam ter vida “irrepreensível”. Porém, fazem moucos seus ouvidos à advertência do apóstolo:
“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão” (1 Tm 6.11)
Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.9-10).
"Pensando com simplicidade sobre o grande valor da vida!"
Pensar com simplicidade talvez seja uma das virtudes que, como cristãos, precisamos resgatar.
Jesus Cristo foi simples e ensinou com simplicidade, apesar de o ter feito com profundidade e notória autoridade.
E o Deus de paz seja com todos vós. Amém. Romanos 15:33
ResponderExcluirNão há paz para os ímpios, diz o meu Deus. Isaías 57:21
Apega-te, pois, a ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem. Jó 22:21
E o reino de Jeosafá ficou quieto; e o seu Deus lhe deu repouso ao redor. 2 Crônicas 20:30
O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco. Filipenses 4:9
Então respondeu Eli: Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste. 1 Samuel 1:17
Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Romanos 5:1
O
gosto muito dos esatudo do profeta eliseu, sei que todos os profetas foram os arauto dse deus,mas cada um com a sua misão,veja amigos,faso uma pefunta que que persceguia os profetas e os dicipolos o propio jesus,VEJA BEM,que os religiosos em toda epoca persceguiram os emviado de deus,
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